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sábado, 3 de agosto de 2013

Revolução Industrial (Resumo)


Introdução


A Revolução Industrial designa um processo de profundas transformações econômico-sociais que se iniciou principalmente na Inglaterra. Em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Entre as principais características da sociedade industrial, podemos citar: a organização das mais diversas atividades humanas pelo capital; a predominância da indústria na atividade econômica e o crescimento da urbanização. Vários historiadores têm dividido o processo de criação das sociedades industriais em duas fases, a primeira com duração de 1760 a 1860 e a segunda iniciada por volta de 1860. Com essa revolução surgiram também novas formas de energia, como a eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo. A velha Europa agrária foi se tornando uma região com cidades populosas e industrializadas. Com tempo, a Revolução Industrial influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em todas as regiões do planeta.


Fatores da Primeira Revolução Industrial


Revolução Comercial


A primeira etapa da industrialização foi gerada pela Revolução Comercial, realizada entre os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-ocidental. Para esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de financiar o progresso técnico e alto custo da instalação de industrias.


A burguesia européia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a se interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de inventores na criação de máquinas e experiências industriais.


Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados, isto é, do lugar geográfico das trocas.


A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar em escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da Europa ocidental.

Assista o documentário abaixo:
Revolução Industrial (documentário de 48 minutos) 

ou

Resumo do Telecurso:

O aumento da divisão do trabalho


Com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, típico das corporações de ofício, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu a utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi especializado numa determinada tarefa.


A utilização de máquinas


Muito cedo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de máquinas em larga escala.


A sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização sistemática de maquinário na produção e no transporte de mercadorias.


Para compreender a importância das máquinas, basta lembrar que elas, ao contrário das ferramentas, realizam trabalho utilizando basicamente forças da natureza, como o vento, a água, o fogo, o vapor, e um mínimo de força humana.


Alguns pensadores afirmam que a humanidade realizou seus maiores progressos criando máquinas para utilizar as energias da natureza. O progresso se realizou nos momentos em que a humanidade conseguiu fazer as forças da natureza trabalharem por ela por meio das máquinas.


A exigência de produzir mais, com o aumento das trocas, praticamente “forçou” o progresso técnico, que passou a constituir um dos traços mais significativos do moderno e contemporâneo.


Revolução Industrial na Inglaterra


A primeira fase da revolução industrial (1760-1860) acontece na Inglaterra. O pioneirismo se deve a vários fatores, como o acúmulo de capitais e grandes reservas de carvão. Com seu poderio naval, abre mercados na África, Índia e nas américas para exportar produtos industrializados e importar matérias-primas. Ao longo dos séculos XVI, XVII E XVIII, houve o acúmulo de capitais em mãos de um pequeno grupo investidor. Esses capitais provinham do comércio colonial, do contrabando, do tráfico de escravos, de transações com outros países. Esses capitais eram igualmente acumulados através de operações no setor da produção agrícola. Esses capitais não eram atingidos por tributos elevados e desde o século XVII dispunham de uma empresa bancária sólida  o Banco da Inglaterra , onde inclusive poderiam ser depositados com amplas garantias, sem se esquecer a possibilidade de obtenção de créditos.


Os setores empresariais dispunham de mão-de-obra numerosa e dependente, pois desvinculada dos meios e instrumentos de produção. Essa mão-de-obra crescia em função do aumento demográfico causado pela diminuição do índice de mortalidade e manutenção de alto índice de natalidade, pelo êxodo rural provocado pelos “enclosures” que criavam numerosos indivíduos sem emprego, e pela falência das corporações de ofício, o que, posteriormente, foi ampliado com o declínio das manufaturas.


Com a mecanização, aumentando a produção e os lucros, as indústrias se expandiram, embora determinados setores da produção industrial conhecessem progressos mais rápidos do que os verificados em outros setores.


No setor dos transportes, duas invenções foram importantíssimas: o navio a vapor, construído por Robert Fulton (1807), e a locomotiva a vapor, idealizada por George Stephenson (1814).


Fatores da Revolução inglesa


Acúmulo de capital – Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.


Controle do campo – Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.


Crescimento populacional – Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.


Reservas de carvão – Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias.


Situação geográfica – A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro.


Expansão Industrial


A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção.


Primeiro automóvel a gasolina industrializado Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo o aparecimento de novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.


Nesta fase formaram-se empresas gigantescas, algumas das quais deram origem às multinacionais do século XX. Surgiram eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo.


Conseqüências da Revolução Industrial


Empresários e proletários


O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.


Exploração do trabalho


No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.


Movimentos operários


Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.


Sindicalismo – Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida.


Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.


Aumento da produção e da urbanização


Em virtude da Revolução agrícola que diminuiu a necessidade de muita mão-de-obra nos meios rurais


Industrialização e Mundo Colonial


O aumento da produção industrial no início do século XIX fez com que a burguesia inglesa se preocupasse cada vez mais com a abertura constante de novos mercados. Para a Inglaterra tornou-se interessante a derrubada das barreiras mercantilista que criavam obstáculos ao comércio internacional.


Nas primeiras décadas do século XIX, os ingleses contribuíram decisivamente para a derrubada do Pacto Colonial na América ibérica, apoiando os grupos locais que lutavam pela independência. Com o fim da dominação colonial de Portugal e Espanha, iniciou-se nessa parte da América uma fase de dominação do imperialismo inglês.


Revolução nos Transportes


No início do século XIX, a máquina a vapor começou a ser utilizada nos meios de transporte. Data de 1807 o primeiro barco a vapor. Em 1825, na Inglaterra, o engenheiro George Estephenson conseguiu construir a primeira estrada de ferro.


Com o barco a vapor e as estradas de ferro, o tempo das viagens diminuiu, o custo dos transportes baixou e aumentou ainda mais o volume das trocas, isto é, o mercado. Com o aumento das trocas e a conseqüente necessidade de produzir mais, tornaram-se cada vez maiores os avanços da industrialização.


Conclusão


Chegamos a conclusão de que a Revolução Industrial foi para trazer transformações econômicas-sociais que consistia em ampliar os limites de suas relações comerciais e desenvolver mercados em outros continentes. E nesse esforço para expandir a região desenvolvia com maior rapidez seus recursos minerais, fontes de energia e outros.


Bibliografia


CAMPOS, R. Estudos de História moderna e contemporânea. Atual Editora. São

Paulo.1988.

AQUINO, R. S. L. de; ALVARENGA, F. J. M. de; FRANCO, D. de A & LOPES, O .

G.P.C. História das sociedades. Ed. Ao livro técnico S/A . Rio de Janeiro 1985.

AMANAQUE Abril CD-ROM. Ed. Abril Multimídia. 1995


Por Equipe Brasil Escola

http://monografias.brasilescola.com/historia/revolucao-industrial.htm

Revolução Industrial (contexto)

                Podemos considerar a Revolução Industrial como um período de intenças transformações nas formas de produção e trabalho que se iniciará na Inglaterra e logo se expandirá para o resto da Europa. Esta grande mudança pela qual passou o processo produtivo de bens e de riqueza, além da sua nova forma de vinculo social, são frutos das mudanças tecnológicas, ideológicas, econômicas e política por que passa o mundo desde o início do século XVII.
                Com o movimento humanista do renascimento, depois com o Iluminismo, as concepções de mundo se alteraram muito em relação ao período Medieval, o centro das atenções humanas deixou de ser Deus para se focar no próprio homem. A concepção de ciência se transforma, no final do seculo XVI e início do XVII, as novas descobertas de Keppler e Torricelli na física irão dar um grande impulso à ciência pura, seguidos pelo sistema newtoniano. Neste momento o homem começa a tentar descobrir o mundo através da razão, dando um novo formato para a ciência que se desenvolveria apartir daí. Este pensamento científico, pautado  no saber do homem pela razão é a base pela qual os pensadores Iluministas irão fundar seus novos conceitos no século XVIII. Alguns autores consideram Descartes (início do XVII) e Newton (final do XVII e início do XVIII)  como precursores do Iluminismo, pela nova forma de sistematizar o mundo que estes dois filósofos irão inalgurar. Neste momento o pensamento científico, baseado na razão, começa a se desenvolver e proliferar na Europa, o pensamento laico das universidades começa mais e mais a formar a consciência dos homens que viviam nas cidades. Foram estas universidades, principalmente as de Oxford e Cambridg na inglaterra, que prepararam os novos pensadores que iriam desenvolver a ciência, a tecnologia, o pensamento político e social desta nova época.
                Porém, foi na França em que o pensamento político e social se desenvolve mais fortemente, num movimento cultural e ideológico chamado de Iluminismo. Neste período grandes pensadores lançaram as bases de uma nova forma de pensar o mundo, que contrastava com o mundo vivido no período moderno. Estes filósofos foram os grandes responsáveis pelas ideologias que se desenvolveram no período contemporâneo, a democracia liberal, a tripartição do poder, a liberdade de pensar, o liberalismo econômico, e que hoje somos herdeiros. Os maiores filósofos do Iluminismo foram :  Jonh Locke, Barão de Montesquieu, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau; entre os economistas do Iluminismo: Quesnay, Turgot e Gournay(fisiocratas) e Adam Smith; os enciclopedistas: d´Alembert e Diderot; na música destacam-se Vivaldi, Bach e Mozart.
                No plano material acorrem, neste período, uma série de fatores que irá possibilitar as transformações ocorridas na Revolução Industrial. Este desenvolvimento industrial que ocorreu na Inglaterra, só foi possível devido às pré-condições materiais, como a acumulação primitiva de Capital, a mão-de-obra disponivel e barata, e , ainda, um vasto mercado consumidor. A acumulação primitiva de Capital foi a disponibilidade de dinheiro para serem aplicados dentro da Inglaterra, gerados pelos grandes lucros do comércio inglês e sua colônias de além-mar, que fez com que os comerciantes pudessem gerar divisas para poderem ser aplicados na produção. A disponibilidade de mão-de-obra foi possivel devido ao processo de cercamento dos campos, que foram revertido em pastagem para a criação de ovelhas, o que fez com muitas pessoas abandonassem a vida no campos e fossem morar nas cidades. O desenvolvimento de técnicas agrícolas elevou a produção de alimentos que passaram a ser mais baratos, o que diminuia também o custo da manutenção da mão-de-obra e seu salário. Além disso, a Inglaterra possuia um vasto território de influência na África e Ásia, além de outras na América, o que conferia a esta nação um vasto mercado consumidor. Os próprios países europeus eram, em alguns casos, de produtos manufaturados da Inglaterra.
                Assim, as relações sociais foram se ajustando sobre a lógica do capitalismo, os trabalhadores assalariados vendem sua mão-de-obra para o burguês, dono dos meios de produção, que revende este produto gerando mais Capital. A formação do trabalhador é fácil, pois este começa a se especializar em uma parte da produção, o que lhe confere um aprendizado cada vez mais simplificado e pode ser substituido rapidamente por outro. Os operários trabalham cerca de 12 horas por dia em ambientes fechados e em péssimas condições, ganham o suficiente para sua sobrevivência. Este mesmo quadro vai se repetir também na Holanda e na França, onde estas novas classes, trabalhadores e burgueses, vão revolucionar as estruturas sociais do Antigo Regime absolutista, em 1789. Assim, a organização racional da produção (divisão do trabalho), com o acréscimo de tecnologias (teares hidráulicos e movidos à vapor, maquinas de fiar, altofornos para fundição do ferro em grande escala), novas fontes de energia (energia à vapor e o carvão), disponibilidade de bens materiais e de trabalhadores, possibilitaram uma instensa transformação na sociedade, a revolução industrial inalgura uma nova forma de organizar a sociedade, e o desenvolvimento do capitalismo. 

A Revolução Francesa (aprofundamento)

A Revolução Francesa foi marcada por uma importante transformação do sistema social e político. Iniciada em 1789, foi uma revolução de ordem burguesa dentro de uma sociedade onde o Antigo Regime passava por crises.

O contexto cultural e social
Na França existiram grandes filósofos do Iluminismo, que criticavam a organização econômica, defendendo a renovação das instituições. Seus pensamentos não ficaram restritos somente à França, foram difundidos também nas colônias americanas na época de sua independência.
Os principais filósofos ilustrados foram: Montesquieu, Rousseau, Voltaire, D'Alembert, Diderot e Quesnay.
Esses filósofos já haviam falecido quando a revolução começou, mas seus pensamentos não.
A sociedade francesa era dividida em estamentos chamados de estados ou ordens:
1° Estado - clero, representava menos de 2% da população.

2° Estado - nobreza, representava 1% da população.

3° Estado - povo, representava 98% da população.

O clero e a nobreza não pagavam impostos e ocupavam os principais cargos administrativos do Estado.
O 3° Estado era quem sustentava o Estado Absolutista e pagavam impostos, além de alguma contribuição.

As causas da revolução
A situação da França não era boa. Com a derrota para a Inglaterra na Guerra dos Sete anos (1756 - 1763) e depois, onde aliou-se com os Estados Unidos na Guerra de Independência, a economia do Estado entrou em decadência.
Com isso, a Monarquia Absolutista começou a aumentar os impostos e as contribuições do 3° estado, gerando revolta da população, que passou a reivindicar por igualdade civil e abolição dos privilégios do clero e da nobreza.
Os anos de 1788 e 1789 também foram difíceis. As colheitas foram péssimas por causa do inverno em 89, o que gerou fome e revoltas por toda França.
Para tentar resolver a situação econômica, em 1787 houve uma reunião entre a nobreza e o clero. Nessa reunião tentou-se acabar com os privilégios do 1° e 2° estados de não pagarem impostos.
Não havendo aceitação da proposta pela nobreza e pelo clero, o rei Luis XVI convocou então a Assembléia dos Estados Gerais, composto pelos três estados.
Aí então entrou em discussão uma outra situação: a da votação.
A votação era feita por grupo social, e não por número de deputados (a nobreza com 270 deputados, o clero com 291 e o terceiro estado com 578).
Se fosse por número de deputados haveria a vitória do 3° estado, mas sendo por grupo social, a vontade do clero e da nobreza sempre prevaleceriam, por terem as mesmas ambições.
Sendo assim, o terceiro estado reivindicou a mudança da votação, querendo que fosse por voto individual. Eles contavam com o apoio de alguns deputados do clero e da nobreza que eram favoráveis às idéias liberais e queriam mudanças.
Mas o rei não aceitou a reivindicação e resolveu dar por encerrada as atividades, fechando a sala onde se reuniram.
Em 10 de junho o terceiro estado e seus aliados do clero e da nobreza ficaram revoltados e se reuniram, em outra sala, onde se declararam, no dia 17, Assembléia Nacional.
As fases da Revolução

Fase Moderada (1789 - 1792)

Nessa reunião a nova assembléia criada tomou uma decisão radical, no dia 9 de junho se autoproclamou Assembléia Constituinte, o que lhes permitia poderes para mudar a ordem política.

O rei tentava acabar com isso, enquanto a população ia para as ruas protestar contra o governo, num confronto com as tropas do rei. No dia 14 de julho, o povo invadiu a Bastilha, fortaleza e prisão política, símbolo da tirania do Sistema Absolutista francês. Os rebeldes libertaram os poucos presos que haviam, pegaram as armas e demoliram o prédio.

A violência não ficou apenas nas ruas, na zona rural também houve revolta, onde se iniciou o período chamado de o Grande Medo.
Os camponeses se rebelaram contra os seus senhores, invadiram fazendas, executaram alguns nobres e queimaram títulos de propriedade feudal. Essa revolta demonstrava a situação de miséria vivida nos campos.

O novo governo percebeu a gravidade da situação com a revolta camponesa e, temendo o que pudesse acontecer, estabeleceu uma série de reformas que visaram alterar as estruturas do Antigo Regime, abolir os privilégios do clero e da nobreza e atender as reivindicações dos revoltosos.
Os projetos foram:

Abolição dos privilégios feudais;

eleboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que foi baseado na Constituição dos Estados Unidos. Tinha como lema: Igualdade, Liberdade e Fraternidade;

confisco dos bens do clero;

elaboraram a Constituição Civil do Clero, onde a igreja passa a se submeter à autoridade do Estado;

as classes privilegiadas passavam a pagar impostos;

elaboraram uma nova Constituição, onde a França passou a ser uma Monarquia Constitucional, e os direitos políticos teriam base censitária.

Com essa nova constituição, o poder do rei ficaria limitado, onde lhe caberia o poder executivo e à Assembléia Nacional o poder legislativo, passando a ser Assembléia Legislativa.
A burguesia alcançou se objetivo, se igualando politicamente ao clero e a nobreza. Ela não queria o fim da Monarquia, apenas o fim do absolutismo real. A população ficou fora de qualquer participação política.
O rei foi pressionado a aceitar e assinar a nova constituição.

Em julho de 1791, o rei e sua esposa tentaram fugir. Tiveram a ajuda das monarquias da Áustria e Prússia, que temiam que a revolução ultrapassasse as fronteiras da França e chegasse a seus países. A contra revolução começou a ser articulada fora da França.
O rei saiu de Paris escondido, mas foi descoberto e levado de volta para Paris, onde ficou sendo vigiado.

Com isso a população passou a exigir o fim da Monarquia e a proclamação da República, acusando o rei de traição.
Este foi afastado temporariamente para não acontecer algo mais sério.

A burguesia havia conseguido limitar o poder do rei e acabar com os privilégios do clero e da nobreza. Mas estes estavam insatisfeitos e iriam reagir.

O governo da França mandou a Áustria expulsar de seus territórios os nobres fugidos da revolução, mas esta não aceitou. Em 20 de abril de 1792 ocorreu a guerra contra a Áustria.
A França não estava preparada para a guerra. Houve a união dos exércitos da Áustria e da Prússia, que marcharam para Paris.
O exército francês passou a convocar voluntários da população para defender a Revolução.

Houve a radicalização do movimento revolucionário. Guardas nacionais unidos aos operários e aos sans-culottes (pequenos proprietários) pediram o afastamento definitivo do rei. Apoderaram-se do Palácio das Tulherias. O rei Luis XVI foi encarcerado com sua família.
Em novembro de 1792 a guerra acabou com a vitória das tropas francesas, com a ajuda dos sans-culottes.

A Assembléia Legislativa foi substituída pela Convenção Nacional. Acabava assim a Monarquia Constitucional e se iniciava a República. Em dezembro de 1792, o rei foi condenado à morte na guilhotina.


Fase Radical (1792 - 1795)
A Convenção Nacional era dividida em três grupos políticos:
Girondinos: pertenciam à alta e média burguesia. Eram contrários a participação popular nas decisões políticas. Representavam os conservadores.

Jacobinos: pertenciam à pequena burguesia e às camadas populares (sans-culottes). Eram liderados por Robespiere e Saint-Just.

Planície: pertenciam à alta burguesia financeira. Ora apoiavam os girondinos, ora os jacobinos. Também eram conhecidos como pântano.

Governar a França estava difícil. Com a morte do rei e sua esposa em 1793 houve muitas reações na França e fora dela. Foram revoltas monarquistas contra a República.
Para fortalecer a ordem revolucionária, os jacobinos criaram três órgãos:
o Comitê de Segurança Nacional; o Tribunal Revolucionário e o Comitê de Salvação Pública.
Os jacobinos cresceram politicamente nesse período e, com o apoio popular, e liderados por Robespierre, tomaram o poder.
Seu governo virou uma ditadura centralizada. Eles tomaram as seguintes medidas:

  • Abolição da escravidão; 
  • tabelamento dos preços; 
  • reforma agrária; 
  • ensino primário gratuito e obrigatório; 
  • aumento dos impostos sobre as grandes fortunas; 
  • instituição do voto universal.


Havia muita divergência entre os jacobinos e os girondinos dentro do governo, que ficou pior com o assassinato do líder jacobino Marat, em 13 de julho.
Iniciou-se o período do Terror. Robespierre havia tomado a liderança do Comitê de Salvação Pública, passando a executar todos que iam contra o governo, entre eles nobres e girondinos.
Esta fase, que durou de 1793 até 1794, foi a mais radical do período revolucionário.
Robespierre dizia que só com terror para acabar com os inimigos da República.
Mas nem todos os jacobinos concordavam com a violência que Robespierre havia começado. Chefiados por Danton, alguns jacobinos queriam o fim das perseguições. Com isso, foram mandados para a guilhotina, inclusive Danton.
Por causa das divergências dentro do governo, muitos se colocaram contra Robespierre. Seu governo se enfraqueceu, e no dia 9 do mês termidor (calendário da revolução) a alta burguesia derrubou Robespierre, que foi morto na guilhotina junto com Saint-Just.
Era o fim da fase do terror e início da Reação Termidoriana.

Fase Conservadora (1795 - 1799)
O poder Legislativo passou a ser comandado pelo Conselho dos Quinhentos e o poder Executivo por um Diretório, com cinco membros.
As medidas tomadas pelos jacobinos foram desfeitas:
a escravidão voltou nas colônias;
revogaram a lei do ensino obrigatório;
afastaram a população das decisões políticas.
Elaboraram uma nova constituição e afastaram muitos jacobinos da Convenção.
Não foi uma fase boa. A pobreza aumentou, o preço dos produtos também. Houve o agravamento da inflação, as colheitas não foram boas aumentando a miséria. Alguns pediram a volta da constituição de Robespierre.
Havia corrupção entre os líderes do Diretório. Os jacobinos queriam voltar para o poder enquanto outros a volta da monarquia.
Em outubro de 1795 os monarquistas tentaram um golpe para retomar o poder mas foram reprimidos pelo exército chefiado pelo General Napoleão Bonaparte.
Era o início de muitas vitórias de Napoleão, que o levaram ao poder em 9 de novembro de 1799.


O período Napoleônico (1799 - 1815)
Consulado (1799 - 1804) Império(1804 - 1814)


Dentro de uma França com instabilidade política, Napoleão Bonaparte se destacou como herói nacional por causa das vitórias de seu exército.
Chegou ao poder com o Golpe de 18 Brumário,dissolvendo o Diretório.
Foi instituido o Consulado, onde o poder político ficou centralizado nas mãos de Napoleão. Era ele quem controlava o exército, nomeava toda a administração e criava as leis. Se tornou cônsul em 1802 e imperador em 1804, tornando-se Napoleão I.
Durante o consulado, o país foi modernizado, pois a nova ordem incentivou obras públicas, criou o Banco da França, centralizou a administração pública. Foram medidas que beneficiaram principalmente a burguesia.
Em 1804 foi feito o Código Civil (ou Código Napoleônico), que tinha como meta a liberdade, propriedade e igualdade perante a lei.
Houve uma nova constituição que instituiu o Império, onde Napoleão foi coroado imperador em 1804.
Durante o império, houve a guerra contra a Inglaterra. Os dois países queriam expandir seus territórios e aumentar sua influência na Europa.
Junto à Inglaterra estavam a Rússia, a Áustria e a Suécia. Com a França se uniu a Espanha.
As forças de Napoleão derrotaram os da Rússia e da Áustria, mas foram derrotados pela Inglaterra.
Para os franceses havia dificuldade em derrotar as forças navais inglesas. Por causa disso, Napoleão decretou o Bloqueio Continental, que proibía todos os países de realizarem comércio com a Inglaterra.
Os países que não aderiram ao Bloqueio foram invadidos pelas tropas francesas (foram Portugal e Espanha).
A Rússia quebrou o acordo feito com a França, voltando a comercializar com a Inglaterra. Napoleão então invadiu a Rússia.
Houve a derrota de Napoleão para o exército russo. As perdas foram enormes. Os países vitoriosos se reuniram no Congresso de Viena para resolverem a situação da França.
Em 1814 Napoleão foi obrigado a abdicar do trono por causa do ataque da coligação militar que se reformou, composta por Inglaterra, Suécia, Prússia, Áustria e Rússia, os inimigos de Napoleão Bonaparte.
O irmão de Luis XVI, Luis XVIII retaurou a Monarquia dos Bourbons na França.
Mas Napoleão não desistiu, fugindo da ilha Elba em 1815, onde foi exilado, e voltando a França. Ele conseguiu voltar ao poder, que durou mais ou menos três meses. Novamente foi derrotado pelo exército da Inglaterra e da Prússia, tendo que abdicar pela segunda vez. Foi exilado na ilha de Santa Helena e morreu em 1821.

Congresso de Viena
Com a derrota de Napoleão em 1814 os países vencedores se reuniram no Congresso de Viena onde organizaram algumas medidas:
  • a França foi obrigada a devolver todos os territórios que havia conquistado desde 1792; 
  • a Monarquia foi restaurada; 

alguns princípios foram impostos:
  • da Legitimidade - cada país deveria reconduzir ao poder as dinastias depostas por Napoleão.
  • do Equilíbrio Europeu - todas as nações européias se reuniram em torno de interesses comuns.
  • criação da Santa Aliança - formação de coligação militar entre os países absolutistas, lutando contra as transformações revolucionárias.


Mas com as transformações que haviam ocorrido na França, o liberalismo resistiu vitoriosamente à repressão dos conservadores.

A Revolução Francesa

- Tempo: 1789-1799
- Local: França
- Antecedentes:

-         A França estava marcada pelo atraso de suas instituições e por uma grave crise econômica e social, buscava, então, amenizar as pressões;
-         A Composição social era:

       ·         1º     Estado Clero
       ·         2º     Estado Nobreza
       ·         3º     Estado Povo: Burguesia, trabalhadores,  desempregados e camponeses (sans cullotes);


-         A burguesia depois de acumular capitais, vê que não precisa mais do rei e começa a buscar poder como na Revolução Gloriosa. O povo é formado pela burguesia, trabalhadores, camponeses e desempregados. Na França os camponeses são chamados sans-cullotes (sem calça). Quem sustenta o clero e a nobreza através dos impostos é o povo;
-         A França sofreu um aumento demográfico, mas não teve um respectivo avanço tecnológico, então surge a inflação;
-         A França entra em crise e o rei Luís XVI (1774-1792) começa a distribuir alimentos á população para amenizar a situação. No entanto, os alimentos são insuficientes, então o rei nomeia ministros para cobrar mais impostos, o que a nobreza não tolera;
-         A única alternativa que restou foi dar a responsabilidade do problema para a Assembléia. O povo, assim como os ministros, queriam aumentar os impostos sobre a nobreza e o clero, porém a nobreza se opunha;
-         O rei, então, institui voto por Estado, onde o povo fica em desvantagem ( nobreza e clero detinham dois votos e o povo apenas um);
-         O povo então sai dos Estados Gerais e forma uma Assembléia.
Fases:
Assembléia Nacional(1789-1792):

-         Paralelamente a elaboração da Constituição foi elaborada também a declaração dos direitos do homem e do cidadão, além de ter iniciado o processo de expropriação das terras da Igreja;
-         A Constituição promulgada nessa fase determinava a instauração de uma monarquia constitucional, do voto censitário e a eleição de uma assembléia legislativa. Essa assembléia foi composta basicamente de girondinos (maioria) e jacobinos;
-         Todo o povo (3º Estado) na França tinha interesse em transformar a sociedade;
-         A Revolução Francesa foi uma revolução burguesa, pois foi a burguesia que conduziu a revolução e procurou muda-la favorecendo-a. Mas, para efetivar a Revolução a burguesia precisa da ajuda dos trabalhadores e dos camponeses;
-         A revolução se inicia quando o 3º Estado discorda da manobra do rei e forma uma outra assembléia nacional constituinte, que quer criar uma nova constituição. Essa constituição promulgada quer limitar o poder do rei Luis XVI;
-         Na prática quem vai defender essa nova constituição são os sans-cullotes;
-         O rei tenta impedir a revolução mas não consegue;
-         Diante da possibilidade do Rei dissolver a constituição os sans-cullotes começam a fazer “barricadas” (proteções nas ruas) e com isso nasce o símbolo da Revolução Francesa: A Tomada da Bastilha- libertando assim, pessoas que haviam sido presas por causa da Revolução Francesa. Conseguindo assim, provar que o rei não detinha mais autoridade;
-         Logo em seguida, foi instituído a declaração dos homens e do cidadão, na qual, todos os homens são iguais perante a lei;
-         A constituição elaborada diz que o governo deve ser uma monarquia constitucional, o voto vai ser censitário e elegeu uma Assembléia legislativa para criar leis para o rei cumprir.

Convenção Nacional(1792-1795):
-         Eleita por sufrágio universal, a convenção acabou sendo ocupada por uma maioria de jacobinos que promovem medidas populares como tabelamento de preços (Edito Máximo- Lei do preço máximo) e a abolição da escravidão nas colônias;
-         Nessa fase, a traição da nobreza e do clero impele os jacobinos, sob a liderança de Robespierre a adotar a política do terror, que executa nobres, dentre eles o próprio rei Luis XVI;
-         O descontrole do terror contribui para o enfraquecimento dos jacobinos levando os girondinos a promoverem o golpe do Termidor que executa Robespierre;

Diretório(1795-1799): 
-        Dominado por cinco girondinos, essa fase marca a supremacia dos girondinos, a extinção das conquistas populares e as pressões da nobreza restauradora.
-         Ocorreu em 1795 e 1797 golpes realistas (queriam o retorno dos Bousbons, à direita);
-         Em 1796 ocorreu a Conspiração dos Iguais, um movimento dos sans-culottes, liderados por “Graco” Babeuf;
-         Externamente o exercito francês acumulava vitórias, onde se destacou a figura e Napoleão Bonaparte, militar brilhante e habilidoso;
-         Necessitando garantir-se e consolidar a República burguesa contra as ameaças internas, os girondinos desfecham um golpe contra o Diretório, com Bonaparte na liderança. Foi o golpe do 18 de Brumário (9 de novembro de 1799);
-         O Diretório foi substituído pelo Consulado representado por três elementos: Napoleão, o abade Sieyes e Roger Ducos. Sendo que o poder na verdade se acumulou na mão de Napoleão, que ajudou a consolidar as conquistas burguesas da Revolução. Dando assim início à Era Napoleônica.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Revolução Francesa

A Revolução Francesa marca o início da Idade Contemporânea.

A queda da Bastilha é um dos maiores símbolos da Revolução Francesa.
A queda da Bastilha é um dos maiores símbolos da Revolução Francesa.

No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse período. De um lado temos a ascensão dos ideais iluministas, que pregavam a liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do capitalismo industrial.

Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado monárquico centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições feudais. A sociedade francesa estava dividia em classes sociais distintas pela condição econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado.

De um lado, tínhamos a nobreza e o alto clero usufruindo da posse das terras e a isenção dos impostos. Além disso, devemos salientar a família real que desfrutava de privilégios e vivia à custa dos impostos recolhidos pelo governo. No meio urbano, havia uma classe burguesa desprovida de qualquer auxilio governamental e submetida a uma pesada carga tributária que restringia o desenvolvimento de suas atividades comerciais.

A classe proletária francesa também vivia uma situação penosa. No campo, os camponeses eram sujeitos ao poder econômico dos senhores feudais e viviam em condições mínimas. Muitos deles acabavam por ocupar os centros urbanos, que já se entupiam de um amplo grupo de desempregados e miseráveis excluídos por uma economia que não se alinhava às necessidades do nascente capitalismo industrial.

Somados a todos estes fatores, a derrota francesa em alguns conflitos militares e as péssimas colheitas do final do século XVIII, contribuíram para que a crise econômica, e a desordem social se instalassem de vez na França. Desse modo, a década de 1780 veio carregada de contradições, anseios e problemas de uma nação que não dava mais crédito a suas autoridades. Temos assim, os preparativos da chamada Revolução Francesa.

Por Rainer Sousa
Gradudado em História

Retirado da página (http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-francesa.htm)

Mais informações

quinta-feira, 27 de junho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Exposição de maquetes

Durante a aula sobre o Ciclo do Açúcar e diante de uma atividade de pesquisa sobre o funcionamento do engenho no período colonial, surgiu, por sugestão dos alunos, a ideia de produzir maquetes que representassem um modelo do engenho que estávamos estudando. Depois de uma exposição para a turma, onde os colegas puderam fazer críticas para a melhoria dos trabalhos, houve uma exposição final direcionada às séries iniciais da escola. Confiram as fotos:


















quarta-feira, 19 de junho de 2013



Revoltas no Brasil


Inicialmente, o grupo repudiava apenas o aumento da passagem. Em seguida, as manifestações começaram questionar os gastos excessivos com a Copa do Mundo e a falta de investimento em saúde e educação. Outras diversas cidades do Brasil também aderiram o protesto.  Além do Rio, milhares de pessoas foram às ruas em capitais como Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Porto Alegre.
O prefeito classificou as manifestação no Rio como legítimas e falou sobre as críticas ao seu mandato. “(As manifestações) começam com a questão da tarifa de ônibus, mas tratam de outros temas que claramente incomodam a população. Na função que eu estou, e que ocupo há quatro anos e meio, eu aprendi que as críticas são fundamentais para a gente se aprimorar e a gente têm que ouvir”, explicou Paes.” Site G1, consulta feita em 19/06/2013. http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/06/apos-protestos-cai-tarifa-de-onibus-no-rio.html

Cerca de 10 mil pessoas se reuniram no Centro de Porto Alegre no início da noite desta segunda-feira (17), de acordo com a Brigada Militar. Manifestantes se deslocam pela rua João Pessoa, no Centro de Porto Alegre, seguiram a marcha até o bairro Cidade Baixa e pararam na Avenida Ipiranga, onde acabaram entrando em confronto com a polícia. As pessoas que participam ressaltam que a ida às ruas é contra custo de vida, a realização da Copa do Mundo no Brasil e o aumento da passagem do transporte público. Manifestantes ressaltam, ainda, que este não é um protesto por centavos, mas por direitos. Depois de um início de protesto pacífico, ainda no centro, houve atos de vandalismo durante a caminhada.
Em Porto Alegre, alguns manifestantes viraram contêineres na Avenida João Pessoa na esquina com a Rua Venâncio Aires. Em seguida, pessoas que caminham de forma pacífica ajudam a levantar as lixeiras. Também pedras foram jogadas em vidros e estabelecimentos comerciais da avenida João Pessoa. A multidão caminha em direção à Avenida Ipiranga.” Site G1, consulta feita em 19/06/2013. http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/06/novo-protesto-reune-manifestantes-no-centro-de-porto-alegre.html



“Hontem pelas 5 horas da tarde, reuniram-se em frente ao palacete Mauá, no campo de S. Christovão, cerca de quatro ou cinco mil pessoas. De uma das janelas do palacete, o Sr. Dr. Lopes Trovão dirigiu a palavra ao povo, esclarecendo-o de que era-lhe licito levar à S.M. o Imperador uma petição, pedindo que fosse revogado o regulamento do imposto do vintém.(...)” Rio de Janeiro, Gazeta de Notícias, 29/12/1879. Referência ao comício realizado no dia anterior por Lopes Trovão no Palácio de São Cristóvão. [fonte primária]
“Às 5 horas da tarde os ânimos já estavam exacerbados, na rua Uruguaiana, onde cada vez mais aumentava a onda popular. A cada bonde que vinha, os mais exaltados armavam lutas com os cocheiros e condutores, até que resolveram arrancar os trilhos existentes nessa rua. Foi crescendo o tumulto. No dia seguinte, o povo virava os bondes que trafegavam pela cidade, sendo já impotente o número de soldados da Polícia para conter a ira popular.” FILHO, Melo Barreto e LIMA, Hermeto. História da Polícia do Rio de Janeiro- aspectos da cidade e da vida carioca (1870-1889). RJ: A Noite, 1942. p. 105 [fonte secundária]
“Viva o povo brasileiro, viva a soberania nacional!” Rio de Janeiro, Gazeta de Notícias, 29/12/1879. [fonte primária] Frase de incentivo à revolta ainda em seu início.
“Durante seu trajecto a pé a multidão levantava estrondosos vivas à soberania do povo, à dignidade nacional, aos estrangeiros residentes no Brasil, à nação portuguesa, ao exército e a armada nacional, ao Dr. Lopes Trovão (...).” Rio de Janeiro, Gazeta de Notícias, 29/12/1879. [fonte primária]
" (...) As arandelas do gás, tombadas, atravessaram-se nas ruas; os combustores de iluminação, partidos, com os postes vergados, estavam imprestáveis; os vidros fragmentados brilhavam nas calçadas; paralelepípedos revolvidos, que servem de projéteis para essas depredações, coalhavam a via pública; em todos os pontos destroços de bondes quebrados e incendiados, portas arrancadas, colchões, latas, montes de pedras, mostravam os vestígios das barricadas feitas pela multidão agitada. a viação urbana não se restabeleceu e o comércio não abriu suas portas. (...)" Jornal do Commércio, 15 de novembro de 1904.

Na rua do Teatro, do lado de Teatro São Pedro, estava postado um piquete de cavalaria da polícia. Ao aproximar-se o grupo de populares, a gritos e a vaias, a força tomou posição em linha, pronta a agir, caso fosse necessário. A movimentação do piquete de cavalaria aterrorizou um tanto os populares que recuaram. Depois, julgando talvez que a cavalaria se opussesse à passagem, avançaram resolutos, hostilizando a força a pedradas. O comandante da força mandou avançar também, dando-se o choque. (...) Serenado mais ou menos o ânimo popular naquele trecho, seguiu a força a formar na praça Tiradentes, fazendo junção com outro piquete que ali se achava postado." Gazeta de Notícias, 13 de novembro de 1904.

Houve de tudo ontem. Tiros, gritos, vaias, interrupção de trânsito, estabalecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e particulares deteriorados." - Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904.


Tabela Retirada do Wikipédia, consulta feita dia 19/06/2013: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lutas_e_revolu%C3%A7%C3%B5es_no_Brasil
Século XVI
    França Antártica - invasão francesa, Rio de Janeiro (1555-1567)
    Confederação dos Tamoios - revolta indígena, Rio de Janeiro (1556-1567)
    Guerra dos Aimorés - índios contra luso-brasileiros, Bahia (1555-1673)
    Guerra dos Potiguares - índios contra luso-brasileiros, Paraíba e Rio Grande do Norte (1586-1599)

Século XVII
    Bandeirantes, bugreiros, entradas e bandeiras - expedições civis-militares de exploração e captura de indígenas (séculos XVI e XVII)
    Quilombos e Guerra dos Palmares - redutos de escravos africanos fugidos, Nordeste (séculos XVII e XVIII)
    França Equinocial - invasão francesa, Maranhão (1612)
    Levante dos Tupinambás - índios contra luso-brasileiros, Espírito Santo e Bahia(1617-1621)
    Invasão holandesa, Presença neerlandesa no Brasil, Guerra Luso-Neerlandesa e Insurreição Pernambucana (Guerra da Luz Divina) - conflito entre luso-brasileiros e holandeses, Nordeste (principalmente Pernambuco e Paraíba) (14 de fevereiro de 1630 a 26 de janeiro de 1654)
    Revolta de Amador Bueno - insurreição popular, São Paulo (1641)
    Motim do Nosso Pai - Pernambuco (1666)
    Revolução de Beckman - revolta de comerciantes, Maranhão (25 de fevereiro 1684-1685)
    Confederação dos Cariris - índios contra luso-brasileiros, Paraíba e Ceará (1686-1692)

Século XVIII
    Guerrilha dos Muras - índios contra luso-brasileiros (século XVIII)
    Guerra dos Emboabas - confronto entre bandeirantes e mineiros, São Paulo e Minas Gerais (início de 1700)
    Revolta do Sal - Santos (1710)
    Guerra dos Mascates - confronto entre comerciantes e canavieiros, Pernambuco (1710-1711)
    Motins do Maneta - sublevações ocorridas em Salvador contra o monopólio do sal e aumento de impostos (1711)
    Revolta de Felipe dos Santos - revolta de mineradores contra política fiscal, Minas Gerais (1720)
    Guerra dos Manaus - índios contra luso-brasileiros, Amazonas (1723-1728)
    Resistência Guaicuru - índios contra luso-brasileiros, Mato Grosso do Sul (1725-1744)
    Guerra Guaranítica - Portugal e Espanha contra jesuítas e guaranis catequizados, Região Sul (1751-1757)
    Inconfidência Mineira - conspiração abortada independentista e republicana, Minas Gerais (1789)
    Conjuração Carioca - conspiração abortada independentista, Rio de Janeiro (1794-1795)
    Conjuração Baiana/Revolução dos Alfaiates - revolta independentista e abolicionista, Bahia (1798)

Século XIX
    Conspiração dos Suassunas - conspiração abortada independentista, Pernambuco (1801)
    Invasão da Guiana Francesa - invasão e ocupação da Guiana Francesa ao Brasil (1809-1817)
    Incorporação da Cisplatina - invasão e anexação do Uruguai ao Brasil (1816)
    Revolução Pernambucana - revolta independentista e republicana, Pernambuco (1817)
    Revolução Liberal de 1821 - revolta independentista, Bahia e Pará (1821)
    Independência da Bahia - revolta independentista, Bahia (1821-1823)
    Guerra da independência do Brasil - brasileiros contra militares legalistas portugueses, Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Uruguai (1822-1823)



Século XIX (Período Imperial)
    Confederação do Equador - revolta separatista, Nordeste (1823-1824)
    Guerra da Cisplatina - Brasil contra Argentina e rebeldes uruguaios (1825-1828)
        Revolta dos Mercenários - mercenários contra Império do Brasil, Rio de Janeiro (1828)
    Noite das Garrafadas - insurreição popular e confronto entre brasileiros e portugueses, Rio de Janeiro (abril de 1831)
    Cabanada - insurreição popular, Pernambuco e Alagoas (1832-1835)
    Federação do Guanais - revolta separatista e republicana, Bahia (1832)
    A Rusga - revolta entre conservadores (queriam manter o império) e republicanos, Mato Grosso (1834)
    Cabanagem - insurreição popular, Pará (1834-1840)
    Revolta dos Malês - insurreição religiosa, Bahia (1835)
    Revolução Farroupilha - revolta separatista e republicana, Rio Grande do Sul (1835-1845)
    Sabinada - insurreição popular, Bahia (7 de novembro de 1837-1838)
    Balaiada - insurreição popular, Maranhão (1838-1841)
   Revoltas Liberais - revoltal liberal, São Paulo e Minas Gerais (1842)
   Revolta dos Lisos - revolta liberal, Alagoas (1844)
    Motim do Fecha-Fecha - Pernambuco (1844)
    Motim do Mata-Mata - Pernambuco (1847-1848)
    Insurreição Praieira - revolta liberal e republicana, Pernambuco (1848-1850)
    Guerra contra Oribe e Rosas - Brasil, Uruguai e rebeldes argentinos contra Argentina (1850-1852)
    Revolta do Ronco de Abelha - Nordeste (1851-1854)
    Levante dos Marimbondos - Pernambuco (1852)
    Revolta da Fazenda Ibicaba - São Paulo (1857)
    Motim da Carne sem Osso - insurreição popular, Bahia (1858)
    Guerra contra Aguirre - Brasil e rebeldes uruguaios contra Uruguai (1864-1865)
    Guerra do Paraguai - Brasil, Argentina e Uruguai contra Paraguai (1865-1870)
    Revolta dos Muckers - insurreição popular-messiânica, Rio Grande do Sul (1868-1874)
    Revolta do Quebra-Quilos - insurreição popular, Nordeste (1874-1875)
    Guerra das Mulheres - insurreição popular, Nordeste (1875-1876)
    Revolta do Vintém - insurreição popular, Rio de Janeiro (1880) e Curitiba (1883)
    Golpe de 15 de novembro - golpe militar, Rio de Janeiro (1889)


Século XIX (Brasil Republicano)
    Revolução Federalista - guerra civil, Rio Grande do Sul (1893-1894)
    Revolta da Armada - revolta militar conservadora,Rio de Janeiro, (1894)
    República de Cunani - insurreição popular-separatista, Amapá (1895-1900)
    Guerra de Canudos - insurreição popular-messiânica, Bahia (1896-1897)
    Revolução populares -séculos XIX e XX

Século XX
    Revolução Acreana - guerra pela independência e anexação do Acre ao Brasil, contra a Bolívia, Acre (1898-1903)
    Revolta da Vacina - insurreição popular, Rio de Janeiro (1903)
    Revolta da Chibata - revolta militar, Rio de Janeiro (1910)
    Guerra do Contestado - insurreição popular-messiânica, Santa Catarina e Paraná (1912-1916)
    Sedição de Juazeiro - insurreição política, Ceará (1914)
    Levante Sertanejo - insurreição dos coronéis contra o governo do Estado da Bahia, Bahia (1919-1930)
    Revolta dos 18 do Forte - primeira revolta do movimento tenentista, Rio de Janeiro (1922)
    Coluna Prestes - insurreição militar (1923-1925)
    Revolta Paulista de 1924 - revolta contra o comando paulista, teve adesão da Coluna Prestes (1924)
    Revolução de 1930 - golpe de Estado civil-militar (1930)
    Revolta de Princesa - insurreição política local/coronelista, Paraíba (1930)
    Revolução de 1932, Revolução Constitucionalista de 1932 - revolta político-militar; guerra civil, São Paulo e Estado de Maracaju (atual Mato Grosso do Sul) (1932)
    Intentona Comunista - insurreição comunista, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte (1935)
    A revolta Mineira de 1935 - Movimento separatista, Minas Gerais. (1935-1936)
    Caldeirão de Santa Cruz do Deserto - Movimento messiânico que surgiu nas terras no Crato, Ceará (1937).
    Intentona Integralista - insurreição integralista, Rio de Janeiro (1938)
    Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial - Itália (1943-1945)
    Revolução de 1964, Golpe militar de 1964 - levedação de Estado político-militar (1964)
    Luta armada - guerrilha urbana e rural (1965-1972)
    Guerrilha do Araguaia (1967 -1974)
    Impeachment de Fernando Collor (1992)