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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Aqui alguns tutoriais para ajudar a quem quiser utilizar o computador para editar o vídeo






Veja também algumas dicas de como produzir filmes com celulares e máquinas digitais

http://pt.wikihow.com/Fazer-um-Filme-Simples

http://www.tecmundo.com.br/gravacao-de-video/21027-dicas-para-fazer-um-filme-sensacional-com-a-camera-do-seu-celular-video-.htm


Trabalho de História – 2º Trimestre



Trabalho de História – 2º Trimestre

Neste segundo trimestre teremos um novo desafio. Representar nossos conhecimentos em outra linguagem. O que isso significa? Vou explicar: a turma 91 irá se dividir em grupos formados por três (3) alunos. Cada grupo irá produzir um pequeno filme entre dois (2) e três (3) minutos representando seus conhecimentos históricos.

Orientações:

1º - Formar um grupo com três (3) alunos.
2º - Ao menos um dos alunos precisa ter um celular que filme ou uma máquina fotográfica que filme.
3º - O objetivo do filme é comparar a “Belle Époque” com os dias atuais. O que a história pode nos mostrar para pensar sobre o presente?
Em outras palavras, comparar o início do século XX com o início do século XXI.

Importante:
No filme é necessário representar o início do século XX e o que pensavam naquele período. Tentar mostrar quais eram as preocupações das pessoas naquela época, o que eles pensavam sobre o futuro, quais avanços deixavam as pessoas fascinadas e o que estava mudando no mundo.
Depois comparar com os dias atuais. Mostrar quais são as preocupações das pessoas hoje em dia, o que se pensa sobre o futuro, quais avanços estão mudando a nossa forma de viver e o qual é o maior desafio que a geração de vocês precisará enfrentar neste século.

4º - Para realizar este filme é necessário pesquisar ! Leiam sobre a Belle Époque, procure vídeos na Internet, vejam fotografias e imagens. Leiam também sobre os dias de hoje. Procure o que se tem descoberto na ciência, quais os problemas enfrentados no mundo, quais são as maiores preocupações da humanidade hoje em dia.

5º - A data de entrega (apresentação das filmagens) será dia 10/07 – As filmagens que precisarem ser refeitas ou modificadas serão apresentadas dia 24/07. É obrigatória a entrega da filmagem de cada grupo no dia 10/07.

6º - As dúvidas deverão ser encaminhadas ao professor pelo e-mail prof.renatohistoria@gmail.com

Abraços!  

terça-feira, 12 de maio de 2015

Reformas Urbanas do início do século XX



Período Monárquico

Período Monárquico

Ao se tornar independente o Brasil se transformará em uma monarquia (país governado por um rei, que no caso brasileiro foi um imperador). O período da história do Brasil que vai da independência de Portugal até a Proclamação da República, ou seja, começa em 1822 e termina em 1889. O período monárquico ou imperial, por sua vez, é dividido em três partes: Primeiro Reinado (1822-1831), Período Regencial (1831-1840) e Segundo Reinado (1840-1889).

Primeiro Reinado: Recebe este nome porque foi o período em que Dom Pedro I governou o Brasil. Sendo filho do rei de Portugal, Dom João VI (6º), conseguiu articular um processo de independência relativamente pacífico, entretanto, com pagamento de indenização à Portugal, o que na prática significou "comprar a liberdade". Assim que o país se torna independente, oficialmente em 7 de setembro de 1822, iniciam-se as disputas internas pelo poder. De um lado da política ficavam os conservadores, grupos ligados às atividades econômicas do antigo "pacto colonial", que queriam manter a economia e as formas políticas do jeito que estavam antes. Do outro lado estavam os liberais, defensores de reformas que dessem maior liberdade econômica e política. Mas, é importante lembrar, que os liberais estavam divididos entre os "aristocráticos" e os "radicais". 

Um dos primeiros atos do novo governo foi convocar uma Assembleia Constituinte (representantes da população para elaborar uma Constituição). A Assembleia era formada pelas camadas mais ricas da sociedade (grandes proprietários de terras das regiões centro-sul) e criaram formas de excluir as camadas populares da política. Uma das formas utilizadas para essa exclusão foi o voto censitário (apenas quem tinha uma determinada renda medida poderia votar). Mas como a Constituição elaborada não agradava o imperador Dom Pedro I (pois não dava a ele poder suficiente), decidiu dissolver a constituinte (acabou com o grupo) e mandou publicar uma constituição aprovada por ele em 1824. Três coisas se destacam nesta constituição: o Poder Moderador (possibilidade do imperador intervir nos outros poderes), o voto censitário (exclusão da maioria da população) e o padroado (possibilidade do imperador estar acima das decisões religiosas da Igreja Católica).

Estas ações do imperador geraram oposição no Nordeste, em especial a Confederação do Equador em Pernambuco (movimento de rebelião que buscava tornar o nordeste uma república em 1824). No ano seguinte iniciou a Guerra Cisplatina (1825-1828), movimento de independência da região Cisplatina (onde hoje é o Uruguai) do território brasileiro. Estas revoltas juntamente com a incapacidade do imperador em agradar os grupos conservadores e liberais ao mesmo tempo fez com que a popularidade de Dom Pedro I caísse a cada dia. Em 1831 ele parte para Portugal para uma disputa do trono contra seu irmão mais novo, Dom Miguel. Deixou no Brasil seu filho ainda criança para ser o futuro imperador. Até atingir a maioridade (ou seja, ter 18 anos) o Brasil seria governado por "regentes" que fariam o papel de substituto do imperador. Portanto, este período que irá de 1831 até 1840 foi chamado de "Período Regencial".

O Período Regencial ficou marcado por uma intensa disputa política entre três grupos (Restauradores, Moderados e Exaltados). Os Restauradores eram conservadores e queriam o retorno do Imperador e manutenção dos privilégios do período colonial. Os Moderados eram a favor de uma monarquia constitucional e de um centralismo do poder. Os exaltados eram a favor de uma República e com autonomia da províncias (inspirado no modelo estadunidense). Durante este período o governo buscou conter as várias revoltas que ocorriam em todo o país. Criou uma forma de conter estes movimentos com a criação da Guarda Nacional (milícias de proprietários de terras que recebiam a patente de coronel). Portanto, ser um "coronel" podia significar um grande proprietário de terras com um grupo armado a seu serviço, os "jagunços".

O período Regencial também foi marcado por várias revoltas nas várias regiões do país. Uma delas foi a Guerra dos Farrapos, ou como é chamada no Rio Grande do Sul, Revolução Farroupilha. As revoltas eram motivadas pela manutenção do quadro social, o centralismo político e a economia colonial, ou seja, com a Independência de Portugal havia uma expectativa que a vida no Brasil melhorasse, mas o que acontecia era que pouco mudou. As pessoas pobres continuaram pobres, os escravos permaneceram, os comerciantes que lucravam com a economia colonial continuaram a fazer os mesmos comércios, enfim, tudo igual. A diferença é que o Rio de Janeiro, capital do império, exercia um controle muito grande sobre as regiões do Brasil (províncias), dando pouca autonomia e liberdade. Soma-se a isso uma influência do pensamento republicano, que criticava a forma de organização monárquica do Brasil.

O Período Regencial termina com o "golpe da maioridade", quando Dom Pedro II assume a coroa com 15 anos de idade, iniciando o Segundo Reinado. Durante este período o Brasil se consolidou enquanto um país independente e manteve sua unidade territorial. Dom Pedro II governou buscando equilibrar as duas forças políticas mais fortes do período, os conservadores e os liberais, utilizando o apoio de cada um deles em benefício de seu governo e mantendo uma estabilidade política.

Durante o Segundo Reinado o tráfico de escravos foi recebendo limitações, mas o fim da escravidão ocorreu de fato na véspera do país se tornar uma república. É importante ressaltar que os políticos, na sua maioria, estavam ligados à produção do café, sendo que esta era baseada no uso da mão de obra escrava, ou seja, a escravidão era importante para os ricos proprietários de terras que apoiavam o imperador, razão pela qual ele retardou ao máximo a abolição. Mesmo assim, durante este período a sociedade lutou muito pelo fim da escravidão, seja através de associações abolicionistas, críticas sociais, compras de liberdade e impedimentos do transporte de africanos aos Brasil, feito principalmente pela Inglaterra, que defendia o fim da escravidão como forma de aumentar o seu mercado consumidor.

Em 1864 o Brasil entrou em guerra contra o Paraguai, por disputas territoriais no sul do país. Esta guerra que durou quase 6 anos ajudou a fortalecer o exército e reforçar um ideal republicano entre os oficiais, que mais tarde irão se juntar ao golpe que dará fim à monarquia e implantará a república em 1889.

Durante o Segundo Reinado a economia passou a se apoiar no principal produto de exportação, o café. Duas regiões se destacaram nessa produção, o Vale do Paraíba fluminense (interior do Rio de Janeiro) e o Vale do Paraíba paulista (interior de São Paulo). Mas existia uma diferença interessante entre estas duas regiões. No Rio de Janeiro existia uma elite mais conservadora, defensora da escravidão como forma de mão de obra utilizada na produção. Já em São Paulo um novo grupo de produtores, um pouco mais liberal, passou a substituir a mão de obra escrava por imigrantes europeus, principalmente italianos, como forma de produção.

Durante este período houve também um forte fluxo de migração para a região sul do Brasil, o que favoreceu a imigração de vários grupos e a formação de colônias de assentamento. Assim, regiões da serra gaúcha receberam muitos imigrantes como italianos e alemães, por exemplo, mas também outras regiões receberam japoneses, poloneses e etc.

Influenciados pelo liberalismo inglês e a Revolução Industrial, algumas iniciativas no Brasil buscaram investir em uma economia industrial, com a fundação de bancos, estradas de ferro e pequenas indústrias, o que acabou acelerando um processo de urbanização. Entretanto, a política durante todo este período sofria muito mais a influência dos grande proprietários de terras, muito mais interessados em manter os privilégios que tinham até aquele momento.

O governo imperial manteve sempre uma postura de "reformas conservadoras", ou seja, mantinha as situações que interessavam aos poderes políticos até não haver saída, então propunha uma mudança para que não se mudasse tanto. Um dos exemplos disso foi a abolição da escravidão. O Brasil sofreu grande pressão da Inglaterra para que posse fim ao tráfico de escravos com a África. O governo só criou uma lei para essa proibição após o governo inglês começar a afundar navios que realizavam o tráfico. O governo também retardou a abolição com leis que libertavam os escravos nascidos no Brasil após 1871, e depois os escravos acima de 60 anos. Fica claro que são leis que surgem para mudar uma pequena parte, mas mantendo o central, ou seja, a escravidão. Somente em 1888 a escravidão será extinta oficialmente, embora muitos escravos já tivessem conquistado sua liberdade de diversas formas.

O governo de Dom Pedro II também agiu assim em relação às pressões por uma maior participação da população, reformas na política e maior liberdade (religiosa e de ensino). Evitou o quanto pôde essas mudanças, e somente quando percebeu que não havia mais como manter essas questões abafadas é que resolveu propor algumas mudanças. Contudo, foi tarde demais. As forças republicanas, organizadas junto com o exército brasileiro, tomaram a frente de um golpe militar que destitui (tira do cargo) o imperador. Dom Pedro é obrigado a sair do Brasil em exílio, sendo o governo formado por uma junta provisória liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca.


Em 15 de novembro de 1889 finaliza o Período Imperial na história do Brasil, iniciando um novo período chamado "Brasil República", o qual estamos até hoje.            

Período Colonial

Resumo de Apoio da História do Brasil – Revisão
Prof. Renato Avellar de Albuquerque 
História do Brasil pode ser dividida em 3 períodos: Período Colonial (1500-1822), Período Monárquico (1822-1889) e Período Republicano (1889-2014).

Período Colonial

Período que vai da chegada dos portugueses até a independência. Durante este período as terras brasileiras eram subordinadas ao domínio de Portugal, as pessoas que chegavam para se fixar no Brasil eram portugueses ou africanos trazidos como escravos. Os nativos desta terra, chamados genericamente de índios, formavam diversos povos e grupos étnicos diferentes, havia milhares de línguas diferentes, assim como diferentes tradições religiosas e culturais. Os nativos algumas vezes eram escravizados ou subordinados pela catequização religiosa. Muitos eram mortos ou morriam por doenças trazidas pelos europeus, o que fazia com que estas tribos fossem se interiorizando no território.

Neste período a economia colonial se desenvolveu com produtos que visavam a exportação. Inicialmente com produtos extrativistas (madeira, peles, ervas medicinais), em seguida com a produção do açúcar, produto muito valorizado na Europa. Para a produção do açúcar foram criados engenhos de açúcar, controlados pelos colonizadores portugueses que importavam os trabalhadores escravos da África. Produtores desses gêneros de exportação e comerciantes portugueses eram os únicos a lucrarem com o monopólio comercial que existia entre Brasil e Portugal, chamado de “Pacto Colonial”.

A colonização do Brasil inicialmente se concentrou na região nordeste do Brasil, principalmente em razão da produção açucareira (ciclo do açúcar), mas no início do século XVIII, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, o centro econômico do Brasil mudou para a região sudeste, sendo a capital da colônia transferida de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. Neste período surgiu alguns movimentos de emancipação política em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, sendo a mais importante delas a Inconfidência Mineira, que teve Tiradentes como figura de maior destaque.

Os acontecimentos da Europa influenciaram muito nos rumos dos acontecimentos no Brasil, talvez a maior dessas influências tenha sido a política de Napoleão Bonaparte. Devido à guerra empreendida pela França contra a Inglaterra, que arrastou para o conflito a Espanha e Portugal, os dois maiores colonizadores da América, as relações de domínio sobre o Brasil foram se transformando muito durante as primeiras décadas do século XIX. Em 1808 a corte portuguesa se transferiu para o Brasil, fugindo da invasão francesa. O Brasil passou a ser a capital do Império Português, sendo elevado a Reino Unido a Portugal em 1815. Houve a partir da chegada das cortes portuguesas a abertura dos portos, ou seja, foi permitido ao Brasil comercializar com outras nações, sendo que a que mais se beneficiou com isso foi a Inglaterra.

A partir de 1808 o Brasil se modernizou e cresceu, neste período foram abertos bancos, jornais, bibliotecas, escolas, sendo permitida o funcionamento de fábricas que atendessem às necessidades da administração portuguesa. Este período foi muito importante para o fortalecimento de uma elite local, que mais tarde iria promover a independência do Brasil. É importante ressaltar que os movimentos de independência na América do Sul já estavam ocorrendo desde 1810, em que participaram Argentina, Chile, Venezuela, Equador, entre outros.

Por pressão das cortes portuguesas estabelecidas em Portugal, Dom João VI retorna a Lisboa em 1821 e deixa seu filho, Pedro de Alcântara, como regente do Brasil. A partir desse momento a elite portuguesa inicia um grande conflito de interesses com a elite brasileira. Os portugueses buscavam resgatar os princípios coloniais e subjugar novamente o Brasil aos interesses de Portugal. A elite brasileira não abriria mão das liberdades e da autonomia conquistada na última década. Desta forma a elite brasileira iniciou um movimento de emancipação política (independência) que seria concentrado na figura do príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, que após a independência de 7 de setembro de 1822 se tornaria Dom Pedro I.

Podemos dizer que a independência do Brasil seguiu um modelo “conservador”, pois não houve guerra de independência, nem mudanças profundas no sistema político. A independência foi comprada ao custo de uma indenização. Neste ponto o Brasil foi muito diferente dos demais países da América do Sul, que se tornaram Repúblicas após a independência. Resta lembrar que o período colonial foi o maior período da nossa história enquanto um território constituído pela junção de americanos, africanos e europeus.    

sábado, 3 de agosto de 2013

Revolução Industrial (Resumo)


Introdução


A Revolução Industrial designa um processo de profundas transformações econômico-sociais que se iniciou principalmente na Inglaterra. Em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Entre as principais características da sociedade industrial, podemos citar: a organização das mais diversas atividades humanas pelo capital; a predominância da indústria na atividade econômica e o crescimento da urbanização. Vários historiadores têm dividido o processo de criação das sociedades industriais em duas fases, a primeira com duração de 1760 a 1860 e a segunda iniciada por volta de 1860. Com essa revolução surgiram também novas formas de energia, como a eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo. A velha Europa agrária foi se tornando uma região com cidades populosas e industrializadas. Com tempo, a Revolução Industrial influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em todas as regiões do planeta.


Fatores da Primeira Revolução Industrial


Revolução Comercial


A primeira etapa da industrialização foi gerada pela Revolução Comercial, realizada entre os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-ocidental. Para esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de financiar o progresso técnico e alto custo da instalação de industrias.


A burguesia européia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a se interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de inventores na criação de máquinas e experiências industriais.


Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados, isto é, do lugar geográfico das trocas.


A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar em escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da Europa ocidental.

Assista o documentário abaixo:
Revolução Industrial (documentário de 48 minutos) 

ou

Resumo do Telecurso:

O aumento da divisão do trabalho


Com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, típico das corporações de ofício, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu a utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi especializado numa determinada tarefa.


A utilização de máquinas


Muito cedo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de máquinas em larga escala.


A sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização sistemática de maquinário na produção e no transporte de mercadorias.


Para compreender a importância das máquinas, basta lembrar que elas, ao contrário das ferramentas, realizam trabalho utilizando basicamente forças da natureza, como o vento, a água, o fogo, o vapor, e um mínimo de força humana.


Alguns pensadores afirmam que a humanidade realizou seus maiores progressos criando máquinas para utilizar as energias da natureza. O progresso se realizou nos momentos em que a humanidade conseguiu fazer as forças da natureza trabalharem por ela por meio das máquinas.


A exigência de produzir mais, com o aumento das trocas, praticamente “forçou” o progresso técnico, que passou a constituir um dos traços mais significativos do moderno e contemporâneo.


Revolução Industrial na Inglaterra


A primeira fase da revolução industrial (1760-1860) acontece na Inglaterra. O pioneirismo se deve a vários fatores, como o acúmulo de capitais e grandes reservas de carvão. Com seu poderio naval, abre mercados na África, Índia e nas américas para exportar produtos industrializados e importar matérias-primas. Ao longo dos séculos XVI, XVII E XVIII, houve o acúmulo de capitais em mãos de um pequeno grupo investidor. Esses capitais provinham do comércio colonial, do contrabando, do tráfico de escravos, de transações com outros países. Esses capitais eram igualmente acumulados através de operações no setor da produção agrícola. Esses capitais não eram atingidos por tributos elevados e desde o século XVII dispunham de uma empresa bancária sólida  o Banco da Inglaterra , onde inclusive poderiam ser depositados com amplas garantias, sem se esquecer a possibilidade de obtenção de créditos.


Os setores empresariais dispunham de mão-de-obra numerosa e dependente, pois desvinculada dos meios e instrumentos de produção. Essa mão-de-obra crescia em função do aumento demográfico causado pela diminuição do índice de mortalidade e manutenção de alto índice de natalidade, pelo êxodo rural provocado pelos “enclosures” que criavam numerosos indivíduos sem emprego, e pela falência das corporações de ofício, o que, posteriormente, foi ampliado com o declínio das manufaturas.


Com a mecanização, aumentando a produção e os lucros, as indústrias se expandiram, embora determinados setores da produção industrial conhecessem progressos mais rápidos do que os verificados em outros setores.


No setor dos transportes, duas invenções foram importantíssimas: o navio a vapor, construído por Robert Fulton (1807), e a locomotiva a vapor, idealizada por George Stephenson (1814).


Fatores da Revolução inglesa


Acúmulo de capital – Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.


Controle do campo – Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.


Crescimento populacional – Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.


Reservas de carvão – Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias.


Situação geográfica – A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro.


Expansão Industrial


A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção.


Primeiro automóvel a gasolina industrializado Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo o aparecimento de novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.


Nesta fase formaram-se empresas gigantescas, algumas das quais deram origem às multinacionais do século XX. Surgiram eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo.


Conseqüências da Revolução Industrial


Empresários e proletários


O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.


Exploração do trabalho


No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.


Movimentos operários


Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.


Sindicalismo – Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida.


Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.


Aumento da produção e da urbanização


Em virtude da Revolução agrícola que diminuiu a necessidade de muita mão-de-obra nos meios rurais


Industrialização e Mundo Colonial


O aumento da produção industrial no início do século XIX fez com que a burguesia inglesa se preocupasse cada vez mais com a abertura constante de novos mercados. Para a Inglaterra tornou-se interessante a derrubada das barreiras mercantilista que criavam obstáculos ao comércio internacional.


Nas primeiras décadas do século XIX, os ingleses contribuíram decisivamente para a derrubada do Pacto Colonial na América ibérica, apoiando os grupos locais que lutavam pela independência. Com o fim da dominação colonial de Portugal e Espanha, iniciou-se nessa parte da América uma fase de dominação do imperialismo inglês.


Revolução nos Transportes


No início do século XIX, a máquina a vapor começou a ser utilizada nos meios de transporte. Data de 1807 o primeiro barco a vapor. Em 1825, na Inglaterra, o engenheiro George Estephenson conseguiu construir a primeira estrada de ferro.


Com o barco a vapor e as estradas de ferro, o tempo das viagens diminuiu, o custo dos transportes baixou e aumentou ainda mais o volume das trocas, isto é, o mercado. Com o aumento das trocas e a conseqüente necessidade de produzir mais, tornaram-se cada vez maiores os avanços da industrialização.


Conclusão


Chegamos a conclusão de que a Revolução Industrial foi para trazer transformações econômicas-sociais que consistia em ampliar os limites de suas relações comerciais e desenvolver mercados em outros continentes. E nesse esforço para expandir a região desenvolvia com maior rapidez seus recursos minerais, fontes de energia e outros.


Bibliografia


CAMPOS, R. Estudos de História moderna e contemporânea. Atual Editora. São

Paulo.1988.

AQUINO, R. S. L. de; ALVARENGA, F. J. M. de; FRANCO, D. de A & LOPES, O .

G.P.C. História das sociedades. Ed. Ao livro técnico S/A . Rio de Janeiro 1985.

AMANAQUE Abril CD-ROM. Ed. Abril Multimídia. 1995


Por Equipe Brasil Escola

http://monografias.brasilescola.com/historia/revolucao-industrial.htm

Revolução Industrial (contexto)

                Podemos considerar a Revolução Industrial como um período de intenças transformações nas formas de produção e trabalho que se iniciará na Inglaterra e logo se expandirá para o resto da Europa. Esta grande mudança pela qual passou o processo produtivo de bens e de riqueza, além da sua nova forma de vinculo social, são frutos das mudanças tecnológicas, ideológicas, econômicas e política por que passa o mundo desde o início do século XVII.
                Com o movimento humanista do renascimento, depois com o Iluminismo, as concepções de mundo se alteraram muito em relação ao período Medieval, o centro das atenções humanas deixou de ser Deus para se focar no próprio homem. A concepção de ciência se transforma, no final do seculo XVI e início do XVII, as novas descobertas de Keppler e Torricelli na física irão dar um grande impulso à ciência pura, seguidos pelo sistema newtoniano. Neste momento o homem começa a tentar descobrir o mundo através da razão, dando um novo formato para a ciência que se desenvolveria apartir daí. Este pensamento científico, pautado  no saber do homem pela razão é a base pela qual os pensadores Iluministas irão fundar seus novos conceitos no século XVIII. Alguns autores consideram Descartes (início do XVII) e Newton (final do XVII e início do XVIII)  como precursores do Iluminismo, pela nova forma de sistematizar o mundo que estes dois filósofos irão inalgurar. Neste momento o pensamento científico, baseado na razão, começa a se desenvolver e proliferar na Europa, o pensamento laico das universidades começa mais e mais a formar a consciência dos homens que viviam nas cidades. Foram estas universidades, principalmente as de Oxford e Cambridg na inglaterra, que prepararam os novos pensadores que iriam desenvolver a ciência, a tecnologia, o pensamento político e social desta nova época.
                Porém, foi na França em que o pensamento político e social se desenvolve mais fortemente, num movimento cultural e ideológico chamado de Iluminismo. Neste período grandes pensadores lançaram as bases de uma nova forma de pensar o mundo, que contrastava com o mundo vivido no período moderno. Estes filósofos foram os grandes responsáveis pelas ideologias que se desenvolveram no período contemporâneo, a democracia liberal, a tripartição do poder, a liberdade de pensar, o liberalismo econômico, e que hoje somos herdeiros. Os maiores filósofos do Iluminismo foram :  Jonh Locke, Barão de Montesquieu, Voltaire e Jean-Jacques Rousseau; entre os economistas do Iluminismo: Quesnay, Turgot e Gournay(fisiocratas) e Adam Smith; os enciclopedistas: d´Alembert e Diderot; na música destacam-se Vivaldi, Bach e Mozart.
                No plano material acorrem, neste período, uma série de fatores que irá possibilitar as transformações ocorridas na Revolução Industrial. Este desenvolvimento industrial que ocorreu na Inglaterra, só foi possível devido às pré-condições materiais, como a acumulação primitiva de Capital, a mão-de-obra disponivel e barata, e , ainda, um vasto mercado consumidor. A acumulação primitiva de Capital foi a disponibilidade de dinheiro para serem aplicados dentro da Inglaterra, gerados pelos grandes lucros do comércio inglês e sua colônias de além-mar, que fez com que os comerciantes pudessem gerar divisas para poderem ser aplicados na produção. A disponibilidade de mão-de-obra foi possivel devido ao processo de cercamento dos campos, que foram revertido em pastagem para a criação de ovelhas, o que fez com muitas pessoas abandonassem a vida no campos e fossem morar nas cidades. O desenvolvimento de técnicas agrícolas elevou a produção de alimentos que passaram a ser mais baratos, o que diminuia também o custo da manutenção da mão-de-obra e seu salário. Além disso, a Inglaterra possuia um vasto território de influência na África e Ásia, além de outras na América, o que conferia a esta nação um vasto mercado consumidor. Os próprios países europeus eram, em alguns casos, de produtos manufaturados da Inglaterra.
                Assim, as relações sociais foram se ajustando sobre a lógica do capitalismo, os trabalhadores assalariados vendem sua mão-de-obra para o burguês, dono dos meios de produção, que revende este produto gerando mais Capital. A formação do trabalhador é fácil, pois este começa a se especializar em uma parte da produção, o que lhe confere um aprendizado cada vez mais simplificado e pode ser substituido rapidamente por outro. Os operários trabalham cerca de 12 horas por dia em ambientes fechados e em péssimas condições, ganham o suficiente para sua sobrevivência. Este mesmo quadro vai se repetir também na Holanda e na França, onde estas novas classes, trabalhadores e burgueses, vão revolucionar as estruturas sociais do Antigo Regime absolutista, em 1789. Assim, a organização racional da produção (divisão do trabalho), com o acréscimo de tecnologias (teares hidráulicos e movidos à vapor, maquinas de fiar, altofornos para fundição do ferro em grande escala), novas fontes de energia (energia à vapor e o carvão), disponibilidade de bens materiais e de trabalhadores, possibilitaram uma instensa transformação na sociedade, a revolução industrial inalgura uma nova forma de organizar a sociedade, e o desenvolvimento do capitalismo.