Resumo de Apoio da História do Brasil –
Revisão
Prof. Renato Avellar de Albuquerque
História do Brasil pode ser dividida em 3 períodos: Período
Colonial (1500-1822), Período Monárquico (1822-1889) e Período Republicano
(1889-2014).
Período Colonial
Período que vai da chegada dos
portugueses até a independência. Durante este período as terras brasileiras
eram subordinadas ao domínio de Portugal, as pessoas que chegavam para se fixar
no Brasil eram portugueses ou africanos trazidos como escravos. Os nativos
desta terra, chamados genericamente de índios, formavam diversos povos e grupos
étnicos diferentes, havia milhares de línguas diferentes, assim como diferentes
tradições religiosas e culturais. Os nativos algumas vezes eram escravizados ou
subordinados pela catequização religiosa. Muitos eram mortos ou morriam por
doenças trazidas pelos europeus, o que fazia com que estas tribos fossem se
interiorizando no território.
Neste período a economia colonial
se desenvolveu com produtos que visavam a exportação. Inicialmente com produtos
extrativistas (madeira, peles, ervas medicinais), em seguida com a produção do
açúcar, produto muito valorizado na Europa. Para a produção do açúcar foram
criados engenhos de açúcar, controlados pelos colonizadores portugueses que
importavam os trabalhadores escravos da África. Produtores desses gêneros de
exportação e comerciantes portugueses eram os únicos a lucrarem com o monopólio
comercial que existia entre Brasil e Portugal, chamado de “Pacto Colonial”.
A colonização do Brasil
inicialmente se concentrou na região nordeste do Brasil, principalmente em
razão da produção açucareira (ciclo do açúcar), mas no início do século XVIII,
com a descoberta de ouro em Minas Gerais, o centro econômico do Brasil mudou
para a região sudeste, sendo a capital da colônia transferida de Salvador para
o Rio de Janeiro em 1763. Neste período surgiu alguns movimentos de emancipação
política em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, sendo a mais importante delas
a Inconfidência Mineira, que teve Tiradentes como figura de maior destaque.
Os acontecimentos da Europa
influenciaram muito nos rumos dos acontecimentos no Brasil, talvez a maior
dessas influências tenha sido a política de Napoleão Bonaparte. Devido à guerra
empreendida pela França contra a Inglaterra, que arrastou para o conflito a
Espanha e Portugal, os dois maiores colonizadores da América, as relações de
domínio sobre o Brasil foram se transformando muito durante as primeiras
décadas do século XIX. Em 1808 a corte portuguesa se transferiu para o Brasil,
fugindo da invasão francesa. O Brasil passou a ser a capital do Império
Português, sendo elevado a Reino Unido a Portugal em 1815. Houve a partir da
chegada das cortes portuguesas a abertura dos portos, ou seja, foi permitido ao
Brasil comercializar com outras nações, sendo que a que mais se beneficiou com
isso foi a Inglaterra.
A partir de 1808 o Brasil se
modernizou e cresceu, neste período foram abertos bancos, jornais, bibliotecas,
escolas, sendo permitida o funcionamento de fábricas que atendessem às
necessidades da administração portuguesa. Este período foi muito importante
para o fortalecimento de uma elite local, que mais tarde iria promover a
independência do Brasil. É importante ressaltar que os movimentos de independência
na América do Sul já estavam ocorrendo desde 1810, em que participaram
Argentina, Chile, Venezuela, Equador, entre outros.
Por pressão das cortes
portuguesas estabelecidas em Portugal, Dom João VI retorna a Lisboa em 1821 e
deixa seu filho, Pedro de Alcântara, como regente do Brasil. A partir desse
momento a elite portuguesa inicia um grande conflito de interesses com a elite
brasileira. Os portugueses buscavam resgatar os princípios coloniais e subjugar
novamente o Brasil aos interesses de Portugal. A elite brasileira não abriria
mão das liberdades e da autonomia conquistada na última década. Desta forma a
elite brasileira iniciou um movimento de emancipação política (independência)
que seria concentrado na figura do príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, que
após a independência de 7 de setembro de 1822 se tornaria Dom Pedro I.
Podemos dizer que a independência do Brasil
seguiu um modelo “conservador”, pois não houve guerra de independência, nem
mudanças profundas no sistema político. A independência foi comprada ao custo
de uma indenização. Neste ponto o Brasil foi muito diferente dos demais países
da América do Sul, que se tornaram Repúblicas após a independência. Resta
lembrar que o período colonial foi o maior período da nossa história enquanto
um território constituído pela junção de americanos, africanos e europeus.
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