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terça-feira, 12 de maio de 2015

Período Colonial

Resumo de Apoio da História do Brasil – Revisão
Prof. Renato Avellar de Albuquerque 
História do Brasil pode ser dividida em 3 períodos: Período Colonial (1500-1822), Período Monárquico (1822-1889) e Período Republicano (1889-2014).

Período Colonial

Período que vai da chegada dos portugueses até a independência. Durante este período as terras brasileiras eram subordinadas ao domínio de Portugal, as pessoas que chegavam para se fixar no Brasil eram portugueses ou africanos trazidos como escravos. Os nativos desta terra, chamados genericamente de índios, formavam diversos povos e grupos étnicos diferentes, havia milhares de línguas diferentes, assim como diferentes tradições religiosas e culturais. Os nativos algumas vezes eram escravizados ou subordinados pela catequização religiosa. Muitos eram mortos ou morriam por doenças trazidas pelos europeus, o que fazia com que estas tribos fossem se interiorizando no território.

Neste período a economia colonial se desenvolveu com produtos que visavam a exportação. Inicialmente com produtos extrativistas (madeira, peles, ervas medicinais), em seguida com a produção do açúcar, produto muito valorizado na Europa. Para a produção do açúcar foram criados engenhos de açúcar, controlados pelos colonizadores portugueses que importavam os trabalhadores escravos da África. Produtores desses gêneros de exportação e comerciantes portugueses eram os únicos a lucrarem com o monopólio comercial que existia entre Brasil e Portugal, chamado de “Pacto Colonial”.

A colonização do Brasil inicialmente se concentrou na região nordeste do Brasil, principalmente em razão da produção açucareira (ciclo do açúcar), mas no início do século XVIII, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, o centro econômico do Brasil mudou para a região sudeste, sendo a capital da colônia transferida de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763. Neste período surgiu alguns movimentos de emancipação política em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, sendo a mais importante delas a Inconfidência Mineira, que teve Tiradentes como figura de maior destaque.

Os acontecimentos da Europa influenciaram muito nos rumos dos acontecimentos no Brasil, talvez a maior dessas influências tenha sido a política de Napoleão Bonaparte. Devido à guerra empreendida pela França contra a Inglaterra, que arrastou para o conflito a Espanha e Portugal, os dois maiores colonizadores da América, as relações de domínio sobre o Brasil foram se transformando muito durante as primeiras décadas do século XIX. Em 1808 a corte portuguesa se transferiu para o Brasil, fugindo da invasão francesa. O Brasil passou a ser a capital do Império Português, sendo elevado a Reino Unido a Portugal em 1815. Houve a partir da chegada das cortes portuguesas a abertura dos portos, ou seja, foi permitido ao Brasil comercializar com outras nações, sendo que a que mais se beneficiou com isso foi a Inglaterra.

A partir de 1808 o Brasil se modernizou e cresceu, neste período foram abertos bancos, jornais, bibliotecas, escolas, sendo permitida o funcionamento de fábricas que atendessem às necessidades da administração portuguesa. Este período foi muito importante para o fortalecimento de uma elite local, que mais tarde iria promover a independência do Brasil. É importante ressaltar que os movimentos de independência na América do Sul já estavam ocorrendo desde 1810, em que participaram Argentina, Chile, Venezuela, Equador, entre outros.

Por pressão das cortes portuguesas estabelecidas em Portugal, Dom João VI retorna a Lisboa em 1821 e deixa seu filho, Pedro de Alcântara, como regente do Brasil. A partir desse momento a elite portuguesa inicia um grande conflito de interesses com a elite brasileira. Os portugueses buscavam resgatar os princípios coloniais e subjugar novamente o Brasil aos interesses de Portugal. A elite brasileira não abriria mão das liberdades e da autonomia conquistada na última década. Desta forma a elite brasileira iniciou um movimento de emancipação política (independência) que seria concentrado na figura do príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, que após a independência de 7 de setembro de 1822 se tornaria Dom Pedro I.

Podemos dizer que a independência do Brasil seguiu um modelo “conservador”, pois não houve guerra de independência, nem mudanças profundas no sistema político. A independência foi comprada ao custo de uma indenização. Neste ponto o Brasil foi muito diferente dos demais países da América do Sul, que se tornaram Repúblicas após a independência. Resta lembrar que o período colonial foi o maior período da nossa história enquanto um território constituído pela junção de americanos, africanos e europeus.    

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